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Renda resiste à crise e acumula avanço de 3,6%

Se existem dúvidas quando à melhora do mercado de trabalho como um todo, o mesmo não ocorre com o rendimento.

Se existem dúvidas quando à melhora do mercado de trabalho como um todo, o mesmo não ocorre com o rendimento. De janeiro a setembro deste ano, a renda cresceu 3,6%, mais do que os 3,2% do mesmo período de 2008. Em setembro, desacelerou-se e subiu 0,6% ante agosto (0,9%).
Para especialistas, o rendimento se manteve aquecido ao longo da crise graças à inflação mais baixa neste ano e ao reajuste real do salário mínimo -indexador de boa parte das remunerações.
Segundo Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, o avanço da renda em relação a setembro de 2008 (1,9%) é o dado mais positivo da pesquisa e revela que o indicador resistiu à crise.
Apesar da turbulência, o rendimento praticamente igualou o de 2002, ano que marcou o início da profunda recessão detonada pelas eleições presidenciais. Em 2003 e 2004, a queda da renda foi tão aguda que até agora ele não havia se recomposto.
Para Fábio Romão, da LCA, o rendimento deve se manter aquecido com a perspectiva de melhora da economia no último trimestre.
Mesmo com o modesto crescimento do emprego, a massa salarial subiu 2,8% em setembro e será um motor do consumo no fim do ano.
Economista da Fecomércio-RJ, Cristian Travassos afirma que o Natal de 2009 será 10% melhor do que o de 2008. A renda em alta desempenha papel importante nessa fase de recuperação.
Foi a renda em expansão, diz, que permitiu o crescimento do varejo, sustentado pelo consumo de bens de menor valor que não necessitavam de financiamento.

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