Confiança do setor de serviços recua 5,9% em maio
Em abril, a taxa havia apontado queda de 4,8% na mesma comparação.
A confiança dos empresários do setor de serviços recuou em maio para o menor nível desde agosto de 2009, informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 5,9% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2011, ao passar de 128,8 pontos em abril para 125,6 pontos no mês passado. Em abril, a taxa havia apontado queda de 4,8% na mesma comparação.
Segundo a FGV, a redução no ICC sugere que as medidas de estímulo ao consumo adotadas pelo governo ainda não mostraram efeitos mais claros sobre o setor de serviços, mas isso pode ocorrer ao longo do segundo semestre.
Assim como o Índice de Confiança da Indústria (ICI) e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também produzidos pela FGV, o ICS é dividido em dois subindicadores. O Índice da Situação Atual - S (ISA-S) registrou queda de 8,1% em maio, após um recuo de 8,3% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2011. O resultado aponta para um grau de satisfação com os negócios bem inferior ao registrado no ano passado, avaliou a FGV.
O quesito que mede a percepção dos empresários do setor sobre a demanda atual recuou 9,7% em maio, a principal contribuição para a queda do ISA-S. Entre as 2.668 empresas consultadas, 20,1% avaliam a demanda atual como forte contra os 26,3% registrados há um ano, enquanto 18,6% consideram a demanda fraca (contra 13,9% em maio de 2011).
Na mesma base de comparação, o Índice de Expectativas - S (IE-S) apresentou piora: a queda foi de 4,1% em maio, após um recuo de 1,9% em abril. A redução na confiança sobre os próximos meses foi o que mais influenciou a queda no ICS em maio, notou a pesquisa.
O indicador que mede as expectativas do empresariado quanto à tendência dos negócios nos próximos seis meses teve recuo de 4,6% em maio, o que mais influenciou a queda do IE-S. A fatia de empresas que prevê uma melhora nos negócios diminuiu de 51,9% em maio de 2011 para 46,2% em maio deste ano, enquanto a parcela das que esperam piora passou de 3,3% no ano passado para 4,4% agora.