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Empreendedorismo: O valor de uma equipe

Uma equipe motivada pode ser decisiva para o sucesso do seu negócio

Infelizmente, não há uma fórmula absoluta para montar uma equipe. Mas uma coisa é certa: empreendedores precisam estar cercados de pessoas motivadas. Mas como estimular a motivação de cada componente de um grupo? Para isso, é fundamental descobrir qual é a moeda de cada um. Mas será que os pequenos empresários estão preparados para detectar isso?

Toda empresa jovem vive uma fase "heróica", ela precisa desbravar mercados, identificar oportunidades, combater concorrentes, é uma fase onde há muito esforço e dedicação, e a motivação da equipe é crítica nesta hora. “Cada dia é uma batalha por resultados, e se o líder não souber dar valor a cada passo que a equipe der, a sintonia pode desandar antes mesmo da empresa dar certo”, alerta Alessandro Bender, especialista em ciências cognitivas e comportamento humano dentro das organizações.

Segundo Bender, existem profissionais que são estimulados por recompensas financeiras e outros por reconhecimento. “Não vá dar tapinha nos ombros de quem queria um aumento e vice-e-versa. Entenda melhor qual o tipo de moeda das pessoas que farão parte de seu time para buscar gerar a motivação necessária para empreender”, afirma.

Existe no cérebro uma área especializada em antecipar recompensas, e uma substância chamada dopamina é liberada quando elas são obtidas, quer sejam elas tapinhas nas costas, promoções ou dinheiro. Assim, sem recompensas visíveis, não há motivação. 

“É a velha história da cenoura pendurada na frente do cavalo que faz ele andar. Mas como somos mais inteligentes do que o cavalo, ao final da tarefa é importante que recebamos aquilo que foi combinado, coisa que às vezes os empreendedores esquecem de fazer”, alerta o especialista, que afirma ainda que a empresa pode perder um bom profissional ao adiar eternamente a recompensa por ele esperada.

“Uma coisa que aprendi num cliente é a importância de definir papéis. Na hora de montar uma equipe você precisa ter pelo menos dois perfis preenchidos - os Farmers (Fazendeiros, Cuidadores) e os Hunters (caçadores). Alguém precisa cuidar das coisas e outros têm de correr atrás de oportunidades. E não é todo mundo que é bom nos dois, a maioria de nós ou é Farmer ou é Hunter”, conclui Bender.

Alessandro Bender é dono de um perfil multidisciplinar. Pioneiro na aplicação de abordagens cognitivas baseadas em Neurociência em projetos de Marketing no Brasil, é Mestre em Ciências Cognitivas pela Universidade Federal de São Carlos, além de ser formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado. Já desenvolveu inúmeras consultorias em empresas nacionais e internacionais ajudando a descobrir e solucionar problemas dentro das organizações, atuando diretamente na comunicação interna. Realiza workshops em todo o Brasil sobre Ciências Cognitivas e Comunicação Corporativa. Sempre à frente da UmaCentral Comunicação e Marketing e da Joombo Agência Digital, também já atuou como professor de Marketing em diversas instituições de ensino.

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