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Organizações apostam em novos conceitos para aumentar a performance de equipe

De acordo com especialista do Senac São Paulo, garantir uma boa experiência aos colaboradores pode promover bem-estar físico, psicológico, financeiro e competitivo

Mesmo depois de todas as mudanças que a pandemia de Covid-19 acarretou ao mundo do trabalho, os escritórios e espaços corporativos continuam sendo, em larga medida, os lugares onde as pessoas passam o maior período de seus dias.

Desse modo, grande parte dos relacionamentos pessoais entre os funcionários de uma mesma empresa acontece justamente nos ambientes profissionais, onde a qualidade das experiências ali vividas pode definir se os colaboradores continuarão fazendo parte do time ou não.

É por isso que um número cada vez maior de organizações tem concentrado mais esforços em promover o bem-estar de seus profissionais. Atualmente, muitas empresas já vêm aplicando, por exemplo, o conceito do employee experience – experiência do colaborador, em português – em suas rotinas e processos.

Conforme explica Leonardo Puerta, executivo de Atendimento Corporativo do Senac São Paulo, este conceito coloca os funcionários da empresa no centro do negócio, promovendo bem-estar e, consequentemente, um aumento na qualidade de vida e produtividade.

“As empresas precisam conhecer todo o ciclo de experiência do seu funcionário, desde o seu processo de seleção até o momento do desligamento. Afinal, trabalhar não significa ter uma experiência engessada e não criativa”, comenta.

Segundo levantamento feito pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, funcionários que se declaram felizes são 12% mais produtivos que os demais. Outra pesquisa, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apontou uma alta de 37% nas vendas e três vezes mais criatividade entre aqueles funcionários que se encontram satisfeitos em seu ambiente de trabalho.

De acordo com Puerta, entre as principais vantagens de uma boa experiência do colaborador, destacam-se a criação de um clima organizacional positivo, um maior engajamento e produtividade, o desenvolvimento favorável das relações interpessoais, um aumento no poder de atração e retenção de talentos, a redução de custos do RH, a melhoria na qualidade de vida do colaborador, e o aumento na satisfação do cliente.

Desta forma, diz o especialista, “é fundamental otimizar a experiência desses indivíduos no trabalho para promover um bem-estar físico, psicológico, financeiro e competitivo”.

A experiência Phygital

Um outro conceito que surge e se consolida na era digital pós-pandêmica é o Phygital, que representa a combinação das palavras physical (físico, em inglês) e digital. Como o próprio nome indica, ele busca envolver os universos off-line e on-line em uma só experiência, tornando os processos mais atrativos, adaptáveis e contextualizados com o mundo contemporâneo. Afinal, vivemos nos dois universos diariamente e a tecnologia está cada vez mais intrínseca em nossas vidas.

Leonardo afirma que a proposta Phygital busca entregar uma experiência única e memorável ao público, promovendo engajamento e oferecendo mais praticidade a ele. “Em um cenário de transformação digital, não é mais possível uma marca sobreviver sem estar presente no ambiente virtual. No entanto, isso não quer dizer que se deve deixar de lado as experiências presenciais”, opina.

Para as empresas, uma jornada que une o off-line e on-line permite a construção de um relacionamento melhor com o seu público e a facilitação dos processos. Além disso, indica o especialista, “é possível ter uma grande economia de recursos ao aproveitar as possibilidades que a tecnologia oferece”.

Outro ponto destacado por Leonardo é o uso do conceito Phygital no desenvolvimento dos colaboradores, seja em um escritório ou em outros espaços de trabalho. “Por exemplo, por meio de um bot humanizado, que pode gerar interação por voz em totens espalhados pelas instalações da empresa e capacitar os colaboradores com diversos conteúdos de forma simples e intuitiva”, afirma.

Uma outra forma seria o uso algoritmos de inteligência artificial (IA) para a construção desta experiência educacional dentro das organizações, que também pode possibilitar o mapeamento das necessidades para desenvolvimento de competências nos colaboradores. “Quando se pensa nas possibilidades de Phygital com foco na experiência do colaborador, abre-se um mundo de possibilidades, tornando o ambiente mais inteligente, agradável, interativo e produtivo”, conclui.

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